[PRÉVIA] NBA 2017-2018: Divisão Sudoeste
Rockets e Spurs brigam entre os grandes do Oeste; Mavs, Grizzlies e Pelicans disputam vaga nos playoffs
A divisão sudoeste da NBA é claramente dividida entre dois extremos: Houston Rockets e San Antonio Spurs brigando entre as potências da liga, enquanto Memphis Grizzlies, Dallas Mavericks e New Orleans Pelicans na disputa no meio de tabela visando uma vaga para os playoffs.
Vale destacar experientes jogadores como os armadores Chris Paul, Tony Parker e Rajon Rondo, o ala-pivô Dirk Nowitzki e os pivôs Pau Gasol e DeMarcus Cousins. Na briga por MVP da temporada, há o duelo entre James Harden e Kawhi Leonard.
Confira as previsões do The Playoffs para as equipes da Divisão Sudoeste:
SAN ANTONIO SPURS
Apesar de não ter se reforçado com nomes de peso – como fez o Houston Rockets, por exemplo, ao trazer Chris Paul – o San Antonio continua sendo o favorito da Divisão Sudoeste e um dos principais times do campeonato por alguns fatores, dentre eles, destaque para o técnico Gregg Popovich e o protagonismo do candidato a MVP Kawhi Leonard.
A equipe atingiu a marca de 20 temporadas seguidas disputando os playoffs e 18 temporadas seguidas conquistando pelos menos 50 vitórias. Vale destacar que no jogo 1 das finais do Oeste contra o Golden State Warriors, os Spurs chegaram a abrir 23 pontos de frente até que Kawhi Leonard se machucou.
Popovich aposta no jogo coletivo e na experiência que seu time traz à quadra. A média de idade do time titular dos Spurs é de 35 anos, com Pau Gasol sendo o mais velho com 37 e Kawhi Leonard o mais novo com 26 anos. Vale lembrar também que, por conta de uma lesão sofrida na última temporada, Patty Mills deverá assumir o lugar de Tony Parker nos primeiros jogos da equipe. Em quadra, o time ganha em explosão, mas acaba perdendo na defesa. Danny Green pode ser uma alternativa na marcação.
Resta saber se os veteranos conseguirão jogar em alto nível. Tony Parker tem um grande desafio pela frente com a nova geração de armadores rápidos como Stephen Curry e Russell Westbrook. O mesmo pode ser dito de Pau Gasol, que mesmo com respeitável bagagem na liga, deixou a desejar em seu primeiro ano no Texas.
Kawhi Leonard deve ser capaz de continuar a levar os Spurs nos dois extremos da quadra, provavelmente carregando mais um fardo todas as noites do que qualquer outro jogador na liga. O ala aumentou sua média de pontuação através de suas seis primeiras temporadas, tudo enquanto defende o melhor adversário de cada jogo. Deve brigar pelo título de MVP e de Melhor Defensor do Ano.
A grande incógnita é LaMarcus Aldridge. O ala-pivô chegou do Portland Trail Blazers com grandes expectativas e, recentemente, ocorreram boatos de que estava infeliz nos Spurs. Foi chamado para uma conversa com Popovich e, a princípio, tudo foi resolvido. Resta saber se o ala-pivô vai conseguir repetir o desempenho pelo qual ficou conhecido e ajudar Leonard a guiar os Spurs rumo às finais do Oeste.
O time abriu mão de nomes importantes como Jonathon Simmons e Dewayne Dedmon, que foram para o Orlando Magic e Atlanta Hawks, respectivamente. No entanto, aposta em Rudy Gay, um veterano com passagens pela seleção dos Estados Unidos, e Joffrey Lauvergne, que chega para sua 4ª equipe na NBA em quatro anos.
Resultados 2016/2017: 61-21 (2ª melhor campanha no geral)
Provável quinteto ideal: Tony Parker, Danny Green, Kawhi Leonard, LaMarcus Aldridge e Pau Gasol.
Briga por: Título da NBA
Crédito da foto: Reprodução/NBA Facebook
HOUSTON ROCKETS
Liderado por James Harden, o Houston Rockets já era um dos times mais fortes da NBA, mas a chegada de Chris Paul elevou ainda mais o nível da equipe. A grande pergunta é: conseguirá o treinador Mike D’Antoni criar harmonia entre dois jogadores que concentram o jogo com a bola na mão? Parece que a resposta desta pergunta até o momento é sim.
É de se perguntar se Harden, que em determinado momento tornou-se o armador oficial da equipe, teria a capacidade de distribuir o jogo e compartilhar a criação de jogadas com outro jogador habilidoso e experiente da mesma posição. Levando em conta as recentes atuações dos dois jogando juntos, a afinação é nítida. Com o estilo de jogo rápido e bolas de três pontos, tal parceria coloca os Rockets em um status para medir forças com o Golden State Warriors.
O técnico Mike D’Antoni terá que mudar a sua estratégia ofesinva, que foi construída em torno de bolas de três pontos, enterradas, cortes pra cesta e lances livres, para permitir o excelente jogo de alcance médio de Chris Paul. A resposta provavelmente virá quando Paul jogar sem a bola a maior parte do tempo.
Além disso, o time se reforçou em um setor que era considerado como ponto-fraco: a defesa. P.J. Tucker, vindo do Toronto Raptors, e Luc Mbah a Moute, vindo do Los Angeles Clippers, são reforços consideráveis para a marcação. Outro destaque fica no comando da equipe. Vindo do banco de reservas, Eric Gordon reforça o time, tendo sido eleito como o Melhor 6º Homem da última temporada.
No garrafão, a equipe está bem servida com Clint Capela e o experiente brasileiro Nenê Hilário. Por falar em jogadores da nossa terra, os Rockets assinaram recentemente com o armador George de Paula, o Georginho. O atleta esteve inscrito no draft deste ano, no entanto não foi selecionado por nenhuma equipe. Disputou a Summer League por Houston e agradou, mas foi dispensado e deverá disputar a G-League com o Rio Grande Valley Vipers, afiliado da franquia.
A franquia de Houston foi comprada na pós-temporada por Tilma Fertitta por US$ 2.2 bilhões (aproximadamente R$ 6,86 bilhões), tornando-se a equipe mais cara da história da NBA.
Resultados 2016/2017: 55-27 (3ª melhor campanha no geral)
Provável quinteto ideal: Chris Paul, James Harden, Trevor Ariza, Ryan Anderson e Clint Capela.
Briga por: Título da NBA
Crédito da foto: Reprodução/Houston Rockets Facebook
MEMPHIS GRIZZLIES
O Memphis Grizzlies sempre foi uma das equipes que mais causou dores de cabeça aos seus adversários nos playoffs da Conferência Oeste. No entanto, a equipe passa por uma reformulação após perder o pivô Zach Randolph para o Sacramento Kings, um dos principais jogadores da equipe. Os veteranos Mike Conley e Marc Gasol ditaram o ritmo da equipe em busca por uma vaga na pós-temporada.
Vale destacar que a equipe também perdeu Tony Allen, que foi para o New Orleans Pelicans. Somando isso a Randolph, a equipe perde dois de seus melhores defensores. Por falar em baixa, Vince Carter, veterano que muito contribuía quando vinha do banco de reservas, também optou por assinar com a franquia de Sacramento.
De tanto bater na trave na Conferência Oeste, chegando aos playoffs, mas nunca conseguindo grandes realizações, o time de Memphis precisou reavaliar seus conceitos. A equipe adotou uma postura mais veloz, com jogadas em transição e com uma defesa mais intensa, fato que deverá ainda sofrer com as ausências de Allen e Randolph.
Por falar em Tony Allen, o atleta terá a camisa aposentada pelo Memphis Grizzlies. O número 9 foi usado pelo ala durante sete anos, em que ajudou à equipe do Tennessee a elevar o nível durante o tempo que esteve por lá. Com a equipe em reconstrução, acabou perdendo espaço e não teve seu contrato renovado quando o mesmo acabou no fim da última temporada. A cerimônia ainda não tem data definida.
A equipe assinou com Ben McLemore na pós-temporada, entretanto, o ala-armador acabou fraturando o pé durante uma brincadeira em Los Angeles. Quando retornar, deve proporcionar ao time chutes do perímetro, algo parecido com o papel que Rudy Gay tinha na equipe. Sob o comando de David Fizdale, este é um recurso que passou a ser mais trabalhado entre os atletas dos Grizzlies.
Resultados 2016/2017: 43-49 (12ª melhor campanha no geral)
Provável quinteto ideal: Mike Conley, Tyreke Evans, Chandler Parsons, JaMychal Green e Marc Gasol.
Briga por: Vaga nos playoffs
Crédito da foto: Reprodução/Memphis Grizzlies Facebook
NEW ORLEANS PELICANS
Apesar de ainda não ter conquistado grandes coisas, o New Orleans Pelicans sonha grande. Para isso, a franquia conta com um bom entrosamento de Anthony Davis e DeMarcus Cousins que, se conseguirem atuar e alto nível juntos, formarão uma das melhores duplas de garrafão de toda a NBA. Para a armação da equipe, Rajon Rondo chegou após breve passagem e sem grandes atuações pelo Chicago Bulls.
É bem verdade também que a era de Alvin Gentry no comando da equipe foi marcada por diversas lesões. Com isso, o técnico não terá muito o que se justificar caso seus principais jogadores se mantenham saudáveis. Vale lembrar também que a grande estrela da equipe, Anthony Davis, está cada dia mais perto da free agency. Uma classificação para os playoffs é o mínimo que a equipe deve almejar para manter seu principal astro.
Para esta temporada, um dos principais “reforços” da equipe foi a renovação de Jrue Holiday, que ao fim da temporada se tornou agente livre. Com a chegada de Rondo logo em seguida, Holiday, que até então era o armador da equipe, foi deslocado para a posição de ala-armador, o que deve proporcionar à equipe mais velocidade e opções na criação de jogadas.
Vale destacar também a chegada de Tony Allen, junto ao Memphis Grizzlies, que vai contribuir diretamente para o setor defensivo do time, e de Ian Clark, recém-campeão com o Golden State Warriors e que também se juntou à equipe durante a free agency.
Por falar no maior problema que a equipe enfrentou nos últimos anos, a equipe perdeu Solomon Hill, devido a uma cirurgia no musculo posterior da coxa. Outro baixa também é Frank Jackson, selecionado junto à Universidade de Duke na 31ª posição da 2ª rodada do Draft, que teve que passar por uma cirurgia no pé em setembro.
As apostas, essencialmente, estão na dupla entre Davis e Cousins. Se a parceria não der certo, resta muito pouco para os Pelicans. Ao que tudo indica, o camisa 0 está em ótima forma. Outro fator que deve fazer esta engrenagem girar é Rondo, tomando as melhores decisões e criando os melhores cenários para abastecer a dupla de pivôs. A esperança está no fato de que Rondo e Cousins já se conhecem por terem atuado no Sacramento Kings. Por fim, ao se tratar da Davis, todo mundo conhece o potencial do ala-pivô, resta saber se o atleta se manterá saudável e não desfalcará a equipe em muitos jogos. A última temporada foi a única da carreira em que Davis desfalcou a equipe em menos de 14 compromissos por conta das lesões.
Resultados 2016/2017: 34-48 (21ª melhor campanha no geral)
Provável quinteto titular: Rajon Rondo, Jrue Holiday, Dante Cunningham, Anthony Davis e DeMarcus Cousins.
Briga por: Vaga nos playoffs
Crédito da foto: Reprodução/New Orleans Pelicans Facebook
DALLAS MAVERICKS
O Dallas Mavericks parece viver um dilema. Tentar extrair a última gota de glória da ‘era Dirk Nowitzki’ ou focar todos os esforços na reestruturação da equipe. É melhor que a decisão venha logo, pois quando não opta por nem uma coisa, nem outra, a equipe deixa a desejar na temporada regular. Sua última campanha foi a pior desde que Mark Cuban comprou a equipe em 2000 (11ª posição no Oeste e apenas a 22ª posição no geral). Se tirar o protagonismo dos veteranos e colocar nas mãos dos jovens é o caminho, a hora é agora.
Para os fãs que esperam que a renovação seja feita, o primeiro passo já foi dado. O ala Harrison Barnes chegou do Golden State Warriors e mostrou que pode sim ser o principal nome da franquia para os próximos anos. Enquanto isso, no garrafão, Nerlens Noel também tem grandes expectativas. Na armação, a equipe foi muito bem ao selecionar Dennis Smith Jr. na 9ª posição do Draft deste ano. O calouro superou as expectativas até o momento e, entre os próprios novatos da NBA, é o favorito para levar o prêmio de Revelação do Ano.
Há também o fator Dirk Nowitzki. O ala-pivô alemão acertou sua renovação por mais dois anos com a franquia e jogará sua 20ª temporada vestindo as cores de Dallas. No entanto, o técnico Rick Carlisle deverá encontrar um modo de planejar a equipe sem que Nowitzki seja o centro das atenções. Tarefa bastante difícil levando em conta o protagonismo e o que representa o camisa 41 para o time dos Mavs.
Outro dilema nos Mavericks é sobre Dennis Smith Jr. O calouro já mostrou seu potencial, mas será que está pronto para comandar a franquia daqui pra frente? Seth Curry aprece como uma boa opção vindo do banco de reservas. Apostar em uma outra escolha no próximo Draft da NBA também é uma alternativa para Dallas, mas isso significaria fazer outra campanha medíocre visando melhor escolha na noite dos calouros. Ir para os playoffs não significa necessariamente que a equipe encontrou o caminho a ser seguido. É preciso encarar o fato de que os Mavs podem não disputar a pós-temporada mais uma vez.
Resultados 2016/2017: 33-49 (22ª melhor campanha no geral)
Provável quinteto titular: Dennis Smith Jr. Wesley Matthews, Harrison Barnes, Dirk Nowitzki e Nerlens Noel.
Briga por: Vaga nos playoffs
Crédito da foto: Reprodução/NBA Facebook
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PRÉVIAS DA NBA 2017-2018: