[PRÉVIA] NBA 2017-2018: Divisão do Pacífico
A divisão do campeão! Confira o que esperar de Warriors e também de Clippers, Lakers, Kings e Suns
O que esperar de uma divisão que tem o Golden State Warriors? Que eles dominem de ponta a ponta e é isso que deve acontecer no Pacífico, pela Conferência Oeste da NBA. O atual campeão da liga é também super favorito para levar o troféu de novo.
Resta aos demais time da divisão pretensões menos ambiciosas. O Los Angeles Lakers vem motivado para a temporada, agora com Lonzo Ball como esperança para o futuro. Já o outro time da cidade, os Clippers, perderam Chris Paul, mas aumentaram as opções de elenco. Phoenix Suns e Sacramento Kings, por outro lado, seguem seu eterno processo de rebuild, agora um pouco mais próximo de algum resultado.
Confira mais uma prévia do The Playoffs para a temporada 2017-2018 da NBA, falando da Divisão do Pacífico:
GOLDEN STATE WARRIORS
O que falar sobre o Golden State Warriors? A franquia detém a melhor campanha da história das temporadas regulares, a melhor campanha da história dos playoffs, chegou nas últimas três finais e manteve seu núcleo praticamente intacto para esta temporada. O time de Oakland conseguiu renovar com Stephen Curry, Kevin Durant, Shaun Livingston e Andre Iguodala, além de adicionar Nick Young, Omri Casspi e o novato Jordan Bell ao seu elenco.
O time é cotado em todas as previsões como o favorito ao título mais uma vez e é realmente difícil discordar disso. O principal ponto na temporada passada foi o banco de reservas, que marcou 32,5 pontos por jogo (apenas a 23ª melhor marca da liga) e para isso veio do Los Angeles Lakers o ala Nick Young, que é um pontuador nato e deve se encaixar perfeitamente no espaço deixado por Ian Clark. Outro “ponto fraco” da equipe era a posição de pivô. Zaza Pachulia e Javale McGee foram mantidos para essa temporada, entretanto isso não é dos maiores problemas, dado que a equipe usa um pivô clássico menos da metade do jogo (em torno de 22 minutos por partida).
Agora falando dos (vários) pontos fortes da equipe de Brasfoot usando Omatic (entendedores entenderão). Eles têm o melhor ataque da liga, o terceiro melhor aproveitamento na linha de três pontos, o time que mais dá assistências e a defesa mais eficiente da liga. O fato triste para os adversários é que a resposta para vencer esse time está mais distante do que acharmos aliens e outras dimensões.
Não é exagero nenhum dizer que os Warriors vão entrar para a história. Mesmo com times como Cleveland Cavaliers, Houston Rockets e Oklahoma City Thunder juntando uma constelação para tentar parar esse time, é difícil acreditar que eles acharão uma resposta apenas adicionando estrelas e não tentando entender uma forma de diminuir a produção do time de Curry e Durant.
Em suma, para a próxima temporada a equipe dirigida por Steve Kerr ainda é a franca favorita. Stephen Curry, Kevin Durant, Klay Thompson e Draymond Green estão em seus auges físicos, mentais e técnicos e estão mais entrosados que nunca. Esse time está realmente determinado a aumentar seu patamar histórico e conquistar seu terceiro título.
Campanha 2016-2017: 67-15
Provável quinteto ideal: Stephen Curry, Klay Thompson, Kevin Durant, Draymond Green e Zaza Pachulia
Briga por: título
(Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images)
LOS ANGELES LAKERS
O Los Angeles Lakers decidiu acelerar seu processo de reconstrução e definiu um plano mais claro em relação ao futuro. Os Lakers trocaram o promissor D’Angelo Russell e o russo Timofey Mozgov por Brook Lopez dos Nets com duas intenções: a primeira é abrir espaço na folha salarial e a segunda é dar espaço para Lonzo ser o principal playmaker do time. O armador vindo de UCLA é a esperança da franquia angelina para retomar os tempos gloriosos no futuro, mas por agora é apenas uma aposta de alto risco.
Dito isso, os Lakers são realmente um dos times com mais potencial para os próximos anos da liga. O time titular deve ter uma média de aproximadamente 23 anos, claramente não é um time feito para ganhar agora.
Lonzo já mostrou seu cartão de visitas na Summer League, é um armador que beira o jogo clássico, tem uma visão de jogo fora do normal, controla muito bem o ritmo dos passes e é um excelente organizador de jogadas. No entanto, ainda tem um físico abaixo do nível da NBA e um arremesso inconsistente (além de feio).
Para esta temporada, a esperança do time de Luke Walton é demonstrar um bom basquete. Na temporada passada, Los Angeles chegou a empolgar seus torcedores com 10 vitórias (incluindo uma surra nos Warriors) nos 20 primeiros jogos. A identidade da equipe está razoavelmente desenhada. Um ataque colaborativo com todos os jogadores se movimentando e passando a bola fez dos Lakers o 17º melhor ataque da temporada passada, mas a defesa angelina foi a terceira pior da liga.
Agora o objetivo é diferente. Com a identidade definida, o time deverá melhorar alguns aspectos do seu jogo coletivo. Para reforçar a defesa chegou Kentavious Cadwell-Pope, tido como um dos melhores defensores de perímetro da liga. Larry Nance deverá ser o ala-pivô titular para fortalecer a tábua defensiva do garrafão e Brandon Ingram mostrou-se um excelente defensor em sua primeira temporada na liga.
Não é de esperar que os Lakers atinjam os playoffs ao fim da temporada, mas certamente será uma temporada divertida para ver os jovens Lonzo Ball, Brandon Ingram e surpresa Kyle Kuzma mostrarem seus talentos e se desenvolverem.
Campanha 2016-2017: 27-55
Provável quinteto ideal: Lonzo Ball, Kentavious Cadwell-Pope, Brandon Ingram, Larry Nance, Brook Lopez
Briga por: vencer entre 30-40 jogos
(Foto: Reprodução Twitter/Los Angeles Lakers)
LOS ANGELES CLIPPERS
O Los Angeles Clippers tomou uma difícil decisão nessa última offseason. A franquia abriu mão de Chris Paul, talvez o melhor armador da liga, que sairia como free agent, e em troca vieram do Houston Rockets Patrick Beverley, Lou Williams, Sam Dekker, Montrezl Harrell. Em compensação, o time garantiu a renovação de Blake Griffin e sua responsabilidade de ser o franchise player. Além de Paul, o time ainda perdeu J.J. Redick e Jamal Crawford.
A equipe de Doc Rivers tentou se reforçar e foi atrás do bom ala Danilo Galinari, mas o principal reforço foi o armador Milos Teodosic. O sérvio era tido como o melhor jogador fora da NBA e agora terá a chance de estrear na liga aos 30 anos.
A franquia deverá manter sua identidade. Seu garrafão ainda é extremamente forte, porém é possível dizer que o time caiu um patamar após a saída de CP3. Teodosic é um ótimo armador, já encanta com suas jogadas na pré-temporada e será divertido assistir suas pontes aéreas com DeAndre Jordan, entretanto, ele não conseguirá dominar os jogos na liga americana do mesmo jeito que fez na Europa.
Outro ponto interessante é ver como Blake Griffin irá se comportar agora que é o dono único do time. Em sua única temporada que jogou sem Paul, o ruivo mostrou-se um excelente playmaker e fez do até então fraco Clippers um dos times mais interessantes da NBA, algo que vemos até hoje.
Campanha 2016-2017: 51-31
Provável quinteto ideal: Milos Teodosic, Austin Rivers, Danilo Galinari, Blake Griffin, DeAndre Jordan
Briga por: playoffs
(Foto: Jayne Kamin-Oncea/Getty Images)
SACRAMENTO KINGS
Os professores de administração das faculdades americanas devem utilizar Sacramento como case de Lei de Murphy. Os californianos fizeram lambanças atrás de lambanças durante vários anos. Na última temporada, o golpe de misericórdia no antigo modelo de time veio com a troca do ótimo e problemático DeMarcus Cousins.
Para esta temporada, a franquia surpreendentemente agiu muito bem. Trouxe os veteranos George Hill, Zach Randolph e Vince Carter para dar apoio aos jovens da equipe, além disso recrutou De’Aaron Fox e Justin Jackson, num belo trabalho de Draft.
O técnico David Joerger tem a missão de finalmente colocar a reconstrução dos Kings nos trilhos. A equipe não possui um jeito de jogar definido e nem uma identidade como franquia. Baseado em seu trabalho em Memphis, o treinador conseguiu montar ótimas defesas e fez realmente um clima familiar.
Com o novo ginásio, novo proprietário e uma nova cara, os Kings começam seu processo de reconstrução com um objetivo ainda obscuro, mas pelo menos com alguma esperança de melhora no ambiente devastado.
Campanha 2016-2017: 32-50
Provável quinteto ideal: George Hill , Bogdan Bogdanovic, Garrett Temple, Zach Randolph, Willy Cauley-Stein
Briga por: não ser o último colocado do Oeste
(Fotos: Reprodução Twiter / Sacramento Kings)
PHOENIX SUNS
O Phoenix Suns é mais um time em reconstrução na divisão do Pacífico. Cheio de jovens que podem virar grandes jogadores, alguns veteranos que já tiveram seu auge na liga, outros jogadores que querem mostrar seu valor e nenhuma tática. Entretanto, ao contrário dos Kings, os Suns já têm em Devin Booker o seu franchise player, que terá um time construído ao seu redor.
Apesar de ter sonhado com Paul George, Chris Paul e outras estrelas que estavam para serem trocadas, os Suns não fizeram nenhum movimento realmente brusco na offseason. O principal reforço da equipe foi o jovem ala Josh Jackson, que veio do Draft muito bem cotado.
O time de Earl Watson tem uma série de problemas. Sua defesa é realmente amedrontadora, sendo disparadamente a pior da NBA. O alento é que o ataque da franquia é realmente bom, tendo ficado entre os dez melhores da última temporada. Sobre a parte ofensiva, vale citar sua dupla de armação que é formada por Eric Bledsoe e Devin Booker -o camisa 1 aliás foi responsável por marcar 70 pontos em partida contra o Boston Celtics na última temporada.
A franquia do Arizona, apesar de ter bons valores que podem se desenvolver e ajudar Booker, deverá ficar na rabeira da classificação do forte Oeste. O principal objetivo para Phoenix na temporada é melhorar sua defesa coletivamente e assistir ao desenvolvimento de jovens como Dragan Bender, Alex Len, o próprio Jackson e Marquese Chriss.
Campanha 2016-2017: 24-58
Provável quinteto ideal: Eric Bledsoe, Devin Booker, T.J. Warren, Marquese Chriss, Tyson Chandler
Briga por: Não ser o último colocado do Oeste
(Foto: Reprodução Twitter / Phoenix Suns)
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PRÉVIAS DA NBA 2017-2018: