10 jogadores de destaque na Free Agency da NBA em 2018
Veja os melhores jogadores que se tornam agentes livres e podem mudar de ares na abertura do mercado
A temporada 2017/2018 da NBA acabou de terminar, mas os motores da principal liga de basquete do mundo não param. Com grandes nomes prestes a terem seus contratos encerrados ou com a missão de optarem por continuar em seus times ou não, a free agency da NBA se inicia no dia 1º de julho. Os jogadores que tem uma player option em seus contratos têm até dia 29 de junho para informarem os times se optarão por ficar ou deixar a franquia.
O The Playoffs pensou nos principais jogadores que virarão ou poderão virar agentes livres nesta offseason e lista agora o que eles fizeram nesta temporada e as possibilidades. Talvez algum(ns) deles possam desembarcar no seu time. Confira:
1. LeBron James – Cleveland Cavaliers
A novela de LeBron James certamente será a mais esperada desta offseason. Certamente frustrado pela varrida nas finais desta temporada, o astro não deu pistas sobre qual movimento deverá tomar com sua player option no último ano de contrato, o qual tem valor de US$ 35,6 milhões. Aos 33 anos, James viveu sua melhor temporada em rebotes e assistências da carreira além de ter jogado todas as 82 partidas da temporada regular, pela primeira vez em sua carreira.
As inúmeras dúvidas sobre o destino de LeBron giram em torno do que o astro procura para sua carreira neste momento derradeiro dela e quais equipes podem oferecer um contrato máximo. Neste contexto, a mais favorável (e favorita nas casa de apostas) parece ser o Los Angeles Lakers, que tem folha para aguentar até dois contratos máximos e a possibilidade de juntar mais outra estrela ao lado de James. Além disso, LeBron tem duas casa em L.A. e vive por lá com a família, podendo seu um diferencial na hora da escolha.
Dois outros destinos comentados são o Houston Rockets e o Philadelphia 76ers. No primeiro, os Rockets teriam que pensar em muitas manobras com o contrato de Ryan Anderson e as situações de Trevor Ariza, Clint Capela e Chris Paul. No segundo, o encaixe do jogo poderia ser um problema, já que o potencial astro Ben Simmons é um armador que gosta da bola na mão e poderia não ser totalmente aproveitado com a chegada de LeBron. O que realmente parece é que o astro não ficará por Ohio…
(Foto: Justin K. Aller / Getty Images)
2. Kevin Durant – Golden State Warriors
Depois de ter faturado seu primeiro título e o MVP das Finais de 2017, Durant assinou um contrato de dois anos e US$ 51,2 milhões com os Warriors, o qual incluía uma player option em seu segundo ano, valores muito abaixo do que o jogador poderia chegar, mas de extrema importância para a manutenção do elenco. Agora, logo depois de repetir a dose em seu segundo ano de Warriors, com título e MVP da finais KD tem uma decisão a tomar.
O astro já exprimiu que assinará novamente com os Warriors e, segundo informações da imprensa norte-americana, já teria declinado sua player option para negociar novo contrato. As possibilidades são várias, porém, a folha salarial de Golden State é apertada e a franquia terá que bolar um jeito de acomodar o novo contrato do segundo melhor jogador da liga, talvez negociando importantes jogadores, como Shaun Livingston ou Andre Iguodala.
(Foto: Gregory Shamus / Getty Images)
3. Paul George – Oklahoma City Thunder
Um dos mais cobiçados e com reais chances de declinar sua player option de US$ 20,7 milhões e testar o mercado agressivamente, George é objeto de desejo de basicamente todas as franquias da liga. O ala desembarcou no Thunder no dia 6 de julho de 2017 e prometeu fazer barulho no Oeste junto a Russell Westbrook e o também recém-chegado Carmelo Anthony. O trio não fluiu como esperado e a equipe caiu fora nos playoffs para o Utah Jazz, logo na primeira rodada.
George já externou sua felicidade em atuar pelo Thunder e uma opção bastante real para o craque é a declinação de sua opção para a construção de um contrato mais longo e lucrativo com a franquia de Oklahoma. Desejado por muitos, a opção mais comentada do momento seria a ida do ala para o Los Angeles Lakers, franquia com espaço suficiente na folha salarial para acomodar um contrato máximo com PG.
(Foto: Reprodução Twitter / NBA)
4. Chris Paul – Houston Rockets
Um dos grandes dilemas desta free agency certamente é aquele envolvendo Rockets e Chris Paul. O armador chegou aos Rockets após aceitar sua player option com os Clippers e partir via sign-and-trade para Houston. O contrato era de risco, já que ao fim do termo, ou seja, agora, o astro deveria partir para um contrato máximo, aquele que seria o último grande contrato da carreira de CP3. Aos 33 anos, o armador poderia assinar por 5 anos e US$ 205 milhões e não deverá abrir muito a mão disso para dar a possibilidade da montagem de um grande time pelos Rockets.
Para acomodar um novo contrato de Chris Paul, os Rockets teriam muitas dificuldades em renovar com outros dois importantes agentes livres, estes restritos, do time: Trevor Ariza e Clint Capela. O general manager da equipe, Daryl Morey, é um dos melhores da liga e provavelmente dará um jeito de montar um novo elenco competitivo.
(Foto: Reprodução Twitter / Houston Rockets)
5. DeMarcus Cousins – New Orleans Pelicans
A troca que mandou Cousins do Sacramento Kings para os Pelicans, em fevereiro de 2017, chacoalhou a NBA à época. Atuando em 48 jogos nesta temporada, interrompida prematuramente devido a uma lesão no tendão de Aquiles, o pivô terminou com as médias de 25,2 pontos, 12,9 rebotes e 1,6 toco e será bastante procurado na free agency.
Seu contrato de 4 anos e US$ 65,6 milhões, assinado em 2013 nos Kings, chega ao fim agora e Cousins será agente livre irrestrito. Uma pista que o pivô poderia realmente sair da franquia aconteceu em maio, quando o jogador deixou de seguir a conta oficial dos Pelicans no Instagram. Cousins diminuiu a situação e afirmou que gostava muito de jogar na Louisiana. Frente à situação, o Dallas Mavericks aparece como grande perseguidor do pivô, com espaço na folha para oferecer um contrato máximo, o qual seria o primeiro da carreira de Cousins.
(Foto: Reprodução Twitter / New Orleans Pelicans)
6. DeAndre Jordan – Los Angeles Clippers
Depois de perderem primeiro Chris Paul, e depois Blake Griffin, os Clippers enfrentam agora a real possibilidade de perderem DeAndre Jordan, que tem uma player option em seu último ano de contrato no valor de US$ 24,1 milhões. Frustrado com a franquia, o pivô tem grandes chances de declinar seu último ano e partir para outros ares.
De acordo com múltiplas fontes da imprensa norte-americana, como Kelly Iko, do USA Today, Jordan tem grande interesse em se juntar ao Houston Rockets, franquia de sua cidade natal. Jordan já teve seu nome envolvido em troca por Clint Capela na trade deadline do último ano, mas a negociação não foi para frente. Pivô com fortes aptidões defensivas e aos 29 anos, DJ ainda tem grande valor no mercado e deverá ser bastante cortejado.
(Foto: Reprodução Twitter / Los Angeles Clippers)
7. Isaiah Thomas – Los Angeles Lakers
Depois de ter atingido altos voos em sua carreira na temporada 2016/2017, quando atuava pelo Boston Celtics, Isaiah vem em queda livre em sua carreira. Thomas foi trocado para os Cavaliers em agosto de 2017 e não jogou até janeiro de 2018, recuperando-se de sua lesão no quadril. Em fevereiro, os Cavs o trocaram para os Lakers, onde conseguiu jogar até o fim de março, quando partiu para uma cirurgia no quadril.
Se continuasse na toada do começo de 2017, em que até chegou a brigar pelo MVP da temporada regular, Thomas poderia estar agora negociando um contrato máximo, mas isso não acontecerá. Nada perto disso. O armador terá dificuldades em achar uma franquia que o dê uma vaga de titular nesta altura de sua carreira e seja uma postulante ao título da NBA, mas um papel como um principal pontuador da segunda unidade é extremamente viável, uma vez que Thomas ainda possui bom valor para isso.
(Foto: Reprodução Twitter / Los Angeles Lakers)
8. Tyreke Evans – Memphis Grizzlies
Depois de três temporadas seguidas com problemas com lesões, Tyreke Evans esteve presente em 52 jogos pelos Grizzlies nesta temporada e registrou números importantes. O ala terminou com médias de 19,4 pontos, 5,2 assistências, 5,1 rebotes e 39,9% de aproveitamento nas bolas de três. Apenas outros dois jogadores terminaram com pelo menos 19 pontos, 5 rebotes, 5 assistências e 39% nas bolas de fora: Kevin Durant e Stephen Curry. Esse é o tamanho da procura que Evans deverá sofrer nesta offseason.
Pesa muito contra o ala, calouro do ano na temporada 2009/2010, os problemas corriqueiros com lesão, mas apenas isso. Ele já provou que tem um arsenal ofensivo tremendo e uma defesa decente, até certo ponto subestimada. É um jogador all-around de fato e deverá chamar a atenção do mercado.
(Foto: Reprodução Twitter / Tyreke Evans)
9. Carmelo Anthony – Oklahoma City Thunder
Ao se juntar com Russell Westbrook e Paul George no Thunder, Carmelo esperava por dias melhores em sua carreira. Sempre envolto a discussões sobre como ser melhor aproveitado dentro do elenco ou mesmo se deveria vir do banco, o ala passou longe de ter uma temporada dos sonhos. Além do declínio natural pela idade, Carmelo também teve perda de espaço. As médias de 16,2 pontos e 32,1 minutos foram as menores de sua carreira.
Mesmo com os contratempos, não há indicações que Carmelo deixará de aprovar sua player option no Thunder para jogar o último ano de contrato, no valor de US$ 27,9 milhões. Caso opte por sair, Carmelo tem bom mercado. É um pontuador ainda acima da média, que pode jogar de costas para cesta ou no quatro aberto, com bom arremesso de três e poder de decisão.
(Foto: Reprodução Twitter / Oklahoma City Thunder)
10. Derrick Favors – Utah Jazz
A última temporada foi de redenção para Derrick Favors. No Utah Jazz desde a temporada 2010/2011, o ala-pivô viveu seu auge no período após assinar o contrato que termina agora, de 4 anos e US$ 46,9 milhões, com médias de 15,2 pontos e 8 rebotes e papel importante no elenco. A temporada anterior a essa já não foi boa e o ala-pivô terminou com papel vindo do banco e médias do início de sua carreira, algo que superou nesta temporada.
Favors é um ala de força como o nome em inglês diz (power forward), algo que não vemos com tanta facilidade no basquete dos dias de hoje. O ala-pivô tem um jogo imponente dos dois lados da quadra, consegue rebotes de ataque e pontos em segundas chances, além de ter bom passe. A vontade do jogador é de permanecer em Utah, como já disse na imprensa, mas será cortejado sem dúvida, por equipes mais fortes que procuram um ótimo backup como por equipes médias que buscam reforço na equipe titular.
(Foto: Reprodução Twitter / Utah Jazz)
Agentes livres restritos
Muitos jogadores enfrentam a possibilidade de saírem de seus times, mas com a chance de terem as propostas igualadas para permanecerem em seus times. A situação mais aguardada talvez seja a do Houston Rockets, que precisa pensar em como lidar com Clint Capela e Trevor Ariza, dois titulares importante. Capela deverá ser muito procurado com um contrato máximo e os Rockets terão que tomar uma decisão caso queiram contar com o bom pivõ suíço na próxima temporada.
Outros quatro agentes livres restritos merecem atenção. Aaron Gordon, no Orlando Magic, e Zach LaVine, no Chicago Bulls, devem ter as propostas igualadas por suas equipes, de acordo com informações de diversas fontes da imprensa norte-americana. Julius Randle, no Los Angeles Lakers, e Jabari Parker, no Milwaukee Bucks, poderão ser bastante buscados nesta offseason, principalmente Randle, que teve sequência de boas temporadas. Parker sempre teve que lidar com lesões, porém seu talento é inegável.
Os brasileiros
Sem muitos espaços em suas equipe, Raulzinho (Utah Jazz), Bruno Caboclo (Sacramento Kings) e Lucas Bebê (Toronto Raptors) virarão agentes livres irrestritos a partir do dia 1º de julho e deverão conversar bastante nesta offseason, no intuito de arrumarem boas oportunidades para a(s) próxima(s) temporada(s).
Cristiano Felício, no Chicago Bulls, e Nenê Hilário, no Houston Rockets, têm contratos mais longos com suas equipe e não se preocupam agora com a abertura do mercado. Nenê assinou um contrato de 3 anos e US$ 10,9 milhões em julho de 2017 e se tornará agente livre irrestrito em 2020. Felício, por sua vez, assinou um termo de 4 anos e US$ 32 milhões em julho do ano passado e será agente livre irrestrito em 2021.