Ser um dos piores times da MLB não impede os Royals de ter lampejos de brilho
Time de Kansas City mostra bons momentos na temporada apesar de campanha terrível
Esta temporada não está sendo fácil para o Kansas City Royals. Time que disputou duas World Series seguidas em 2014 e 2015, sagrando-se campeão na última, nos dois anos em que praticamente beirou os 50% de aproveitamento, e neste tem uma das piores equipes da MLB.
Muita coisa não está dando certo neste ano para os Royals. A média de corridas marcadas por partida é pequena, no fundo do ranking das grandes ligas, assim como acontece com os pontos cedidos, sofrendo um pouco mais de cinco corridas por jogo.
Para se ter ideia de como a situação de Kansas City é ruim, em boa parte das estatísticas percentuais e avançadas do ataque, a equipe ocupa até a 24ª posição – como em corridas ponderadas criadas ajustadas (wRC+). O único quesito que foge desse padrão é a média de rebatidas, próxima de 16ª colocação.
Os arremessadores da equipe possuem um desempenho ainda pior. O número de vitórias acima da substituição (WAR) do FanGraphs somado é o pior das majors. Em números específicos, o Fielding Independent Pitching (FIP) é um dos três maiores – e quanto maior, pior -, enquanto a média de corridas merecidas (ERA) é menor apenas que o do Baltimore Orioles.
A partir do final do mês de agosto, a realidade mudou. De 21 de agosto a 3 de setembro, o wRC+ do time está empatado na primeira colocação da liga, também tem a melhor porcentagem de força no bastão e a maior média ponderada em base (wOBA), além de rebater a terceira maior quantidade de home runs no período.
Este crescimento nas últimas semanas foi impulsionado pelo aumento de produção ofensiva de KC em julho. O time começou a temporada muito mal, vencendo só 25% das partidas disputadas entre março e abril. Posteriormente, apresentou boa melhora no segundo mês de jogos, com o crescimento de 10% nas corridas ponderadas criadas ajustadas em comparação com o período anterior, apesar de o retrospecto ter sido inconsistente.
Mas tudo deu errado em junho, os rebatedores não conseguiram aproveitar praticamente nada, contribuindo para que Kansas City fosse o pior time do mês com o New York Mets.
O ataque demonstrou evolução no quarto mês do ano, muito elevada considerando o mês anterior. Em quase todos os aspectos, o crescimento evoluiu mais de 25%, subindo quase 35% em slugging percentage, por exemplo.
Whit Merrifield tem sido um dos únicos jogadores do time que vem se sobressaindo em 2018. O segunda base integra o seleto grupo dos rebatedores com mais de 30% de aproveitamento no bastão e a 23ª colocação na MLB na porcentagem em base e, entre os jogadores da posição dele, tem o sexto melhor wOBA e wRC+.
Voltando a mencionar os pitchers, a rotação titular conseguiu um ERA de 2.81 até 3 de setembro, próximo do 10º melhor do campeonato no momento, e o FIP foi igual a 3.23, dentro do top 10 da MLB. Já o bullpen continua comprometendo, possuindo média de corridas merecidas de 4.83, com o Fielding Independent Pitching pior: 5.45.
O lado bom do fato de os times da Major League Baseball disputarem 162 jogos na temporada regular é isso, qualquer time, independente do nível, pode conseguir uma grande sequência de vitórias, como o Kansas City Royals está fazendo agora, com a maior série de triunfos consecutivos (até 3/9) da MLB, com seis. É claro que isso “prejudicaria” a equipe na ingrata “disputa” pela primeira escolha no draft de 2019, no entanto, demonstrar competitividade, mesmo que em um período curto de tempo, é o mais importante no momento.
(Foto: reprodução Twitter/Kansas City Royals)
*Por Luís Martinelli
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