[PRÉVIA] Como vem a Divisão Leste da Liga Nacional da MLB em 2017
Enquanto Nationals e Mets disputam o título da divisão, Phillies, Braves e Marlins seguem plano de reestruturação
Nationals e Mets começam a temporada já disputando quem vai ser o campeão da Divisão Leste da Liga Nacional e quem vai chegar mais longe nos playoffs da MLB. Ambos possuem equipes recheadas de jogadores rodados e de alto nível. No entanto, os dois precisam que todo o roster esteja saudável para poder competir com os rivais das outras divisões.
Por outro lado, Marlins, Braves e Phillies apostam na renovação da franquia para retornar ao caminho das vitórias. Atlanta (que inaugura seu novo estádio, o SunTrust Park) e Philadelphia se baseiam nos prospectos e no futuro do time. Enquanto Miami manter a base do time da temporada passada.
Confira a seguir um guia completo sobre a Divisão Leste da Liga Nacional preparado pelo The Playoffs:
ATLANTA BRAVES
Campanha 2016: 68-93 (5º colocado na NL East)
Ainda em reconstrução e esperando muito das suas jovens promessas, o Atlanta Braves agora resolveu incrementar o roster com jogadores mais experientes em quase todos os setores do campo. Por exemplo, trouxe Bartolo Colon, R.A. Dickey e Jaime Garcia, três arremessador titulares bem rodados pela MLB, para completar a rotação ao lado do ace Julio Teheran e do prospecto Mike Foltynewicz. O mesmo acontece nas posições de linha, onde LF Matt Kemp, RF Nick Markakis e o recém-chegado 2B Brandon Phillips darão suporte para os promissores CF Ender Iniciarte e SS Dansby Swanson.
Nem tão jovem, mas também não tão veterano, o 1B Freddie Freeman tem sido o símbolo desta franquia nos últimos anos. Em 2016, acumulou AVG .302, com 34 home runs e 91 corridas impulsionadas em 158 partidas.
Outro fator que pode interferir na temporada dos Braves é o SunTrust Park, que será utilizado pela primeira vez a partir de 2017. Ainda que o campo central seja mais curto do que o do Turner Field, 114,3 m contra 118,8m, o novo muro terá 4,87m no campo direito, contra 2,5m do anterior.
Provável lineup: Ender Iniciarte (CF), Dansby Swanson (S), Freddie Freeman (1B), Matt Kemp (LF), Brandon Phillips (2B), Nick Markakis (RF), Adonis Garcia (3B) e Tyler Flowers (C)
Melhor rebatedor: Na horrível temporada de quase 100 derrotas dos Braves, Freddie Freeman conseguiu ficar com a sexta posição na votação para MVP de 2016. No ano, teve AVG .302, com 178 rebatidas, sendo 43 duplas (4º em toda a MLB), 102 corridas anotadas, 92 impulsionadas e 34 home runs. Segundo o RotoChamp, ele pode chegar a AVG .284, com 27 HR e 92 corridas em 2017.
Provável rotação: Julio Teheran, Bartolo Colon, Jaime Garcia, RA Dickey e Mike Foltynewicz
Provável closer: Jim Johnson (20 saves em 23 oportunidades em 2016, com ERA 3.06)
Melhor arremessador: Desde sua primeira temporada completa na MLB, em 2013, Julio Teheran foi considerado o primeiro da rotação titular em 2014 e 2016, ficando em segundo apenas na temporada em que Shelby Miller esteve no time. Neste período, somou 126 partidas como titular, 795.1 entradas, ERA de 3.33, 694 strikeouts, média de 7.9 SO a cada 9 IP, 210 walks, 93 home runs cedidos e média de 1.1 HR a cada 9IP. Além das suas estatísticas, outro ponto forte de Teheran é sua saúde. Desde que estreou na MLB, em 2011, ele foi adicionado à lista de contundidos apenas uma vez, em 2016, quando ficou de 2 a 19 de agosto com uma distensão do músculo do dorso. Em todas as suas temporadas completas nas Grandes Ligas, ele foi titular em pelo menos 30 partidas.
Manager: Brian Snitker (assumiu a franquia em maio de 2016, vai para seu primeiro ano completo no comando da equipe; possui 59 vitórias e 65 derrotas)
Briga por: Surpreender rivais e fazer campanha melhor do que a do ano passado
(Foto: Reprodução Twitter/Atlanta Braves)
MIAMI MARLINS
Campanha em 2016: 79-82 (3º colocado na NL East)
Os Marlins acreditavam que em 2016 o time passaria por uma mudança de patamar e faria frente aos Mets e aos Nationals. Contudo, a lesão de Giancarlo Stanton e a suspensão de Dee Gordon pelo uso de substâncias proibidas derrubaram as esperanças. E para terminar com o ânimo, a franquia ainda foi atingida pela trágica morte de Jose Fernandez, na última semana da temporada regular.
Atualmente, o melhor da franquia é o campo externo, formado por Marcell Ozuna, Christian Yelich e Stanton. Não apenas na defesa, mas também no ataque. Em 2016, o trio foi responsável por 71 dos 128 home runs (55,4%) e 209 das 655 corridas anotadas (31,9%) por toda a franquia na temporada.
O setor que mais deve dificultar a vida de Miami no ano é o montinho. Sem Fernandez, a franquia possui apenas nomes medianos na rotação titular. Dos cinco cotados para revezar no início das partidas, Edinson Volquez, Dan Straily, Tom Koehler, Wei-Yin Chen e Adam Conley, nenhum deles terminou a temporada passada com ERA menor do que 3.70.
Provável lineup: Dee Gordon (2B), Martin Prado (3B), Christian Yelich (CF), Giancarlo Stanton (RF), Marcell Ozuna (LF), Justin Bour (1B), J.T. Realmuto (C) e Adeiny Hechavarria (SS)
Melhor rebatedor: Giancarlo Stanton é o jogador com mais experiência e tempo de casa dos Marlins, sendo o representante da franquia praticamente desde sua estreia. Ainda que suas duas últimas temporadas tenham sido atrapalhadas por lesões, ele não ficou fora do top-10 das estatísticas ofensivas da franquia em nenhum destes anos. Por exemplo, terminou como líder em home runs em ambas as temporadas ao rebater 27 bolas perdidas em cada uma.
Provável rotação: Edinson Volquez, Dan Straily, Tom Koehler, Wei-Yin Chen e Adam Colney
Provável closer: A.J. Ramos (40 saves e 43 oportunidades em 2016, com ERA 2.81)
Melhor arremessador: Efetivado como closer de Miami há duas temporadas, A.J. Ramos confirmou 72 saves em 81 oportunidades no período. Neste mesmo intervalo de tempo, participou de 138 partidas e arremessou 134.1 entradas, acumulando ERA de 2.55, 160 strikeouts, média de 10.7 K a cada 9 IP e cedendo apenas 7 home runs.
Manager: Don Mattingly (2º ano no comando da equipe; possui 79 vitórias e 82 derrotas)
Briga por: Desempenho melhor do que nos últimos anos e, se tudo der certo, pode roubar a terceira colocação da divisão dos Braves
(Foto: Reprodução Facebook/Miami Marlins)
NEW YORK METS
Campanha em 2016: 87-75 (2º colocado na NL East)
Assim como os Nationals, os Mets possuem um dos melhores trios de arremessadores titulares de toda a liga, com Noah Syndergaard, Jacob deGrom e Matt Harvey. Além deles, o time ainda pode contar com a adição de Steven Matz, que sente um desconforto no cotovelo e não irá começar a temporada com o roster.
Por outro lado, o ataque do time é potente, mas não é criativo. No ano passado, 51.1% de todas as corridas anotadas pela franquia foram originadas a partir de home runs, ilustrando falta de opções do time. Todo esse poder foi dividido principalmente entre Curtis Granderson e Yoenis Cespedes, com 30 e 31 HRs, respectivamente.
A extensão de contrato de Cespedes, por mais quatro anos e US$ 110 milhões, foi a grande contratação dos Mets para 2017. Isto porque a franquia não trouxe literalmente ninguém novo para a próxima temporada, deixando o elenco praticamente idêntico. O equipe do Citi Field tenta chegar pelo terceiro ano seguido à pós-temporada, o que seria um feito inédito na história da franquia, e para isso deverá travar com os Nationals uma das disputas mais acirradas de toda a MLB.
Provável lineup: Jose Reyes (3B), Curtis Granderson (CF), Yoenis Cespedes (LF), Jay Bruce (RF), Neil Walker (2B), Asdrubal Cabrera (SS), Lucas Duda (1B) e Travis d’Arnaud (C)
Melhor rebatedor: Mesmo que tenha números semelhantes aos de Neil Walker e Asdrubal Cabrera em 2016, Yoenis Cespedes é muito mais produtivo ao time. Ele foi o líder isolado em home runs, com 31, corridas impulsionadas, 86, e ficou em segundo em corridas anotadas, com 72, rebatidas, 134, e duplas, somando 25. Nas médias, ficou com AVG .280, OBP .354 e SLG .530. Em 2016, apresentou melhora também durante os confrontos com arremessadores, registrando o maior número de walks da carreira, com 51, e o segundo menor de strikeouts, 108, em 543 aparições no batter’s box.
Provável rotação: Noah Syndergaard, Jacob deGrom, Steven Matz, Matt Harvey e Robert Gsellman
Provável closer: Jeurys Familia (51 saves em 56 oportunidades em 2016, com ERA 2.55)
Melhor arremessador: Desde que estreou na MLB, em 2015, Noah Syndergaard registrou números muito similares aos de Jacob deGrom como arremessador titular na temporada regular (eles podem ser comparados aqui e aqui). Porém, Thor leva a melhor por crescer nos playoffs e nos momentos de maior pressão. Somando as regular seasons de 2015 e 2016, Syndergaard registrou ERA 2.89, WHIP 1.103 e médias de 10.4 strikeouts, 2 walks e 0.8 home runs a cada 9 entradas arremessadas. Na pós-temporada destes dois anos, ele somou ERA 2.42, WHIP 1.077 e médias de 12.5 K, 3.8 BB e 0 HR a cada 9 IP.
Manager: Terry Collins (7º ano no comando da equipe; possui 481 vitórias e 491 derrotas em temporada regular e 8 vitorias e 7 derrotas em pós-temporada)
Briga por: Ser campeão da divisão e ir longe nos playoffs
(Foto: Jason O. Watson/Getty Images)
PHILADELPHIA PHILLIES
Campanha em 2016: 71-91 (4º colocado na NL East)
Após o título de 2008, os Phillies ainda foram para os playoffs em outros três anos. Desde então, nunca ficaram acima da terceira colocação na divisão e, desde 2013, não passam das 73 vitórias em uma temporada, sempre com campanhas negativas. O trabalho de reestruturação da franquia continuará em 2017.
Em 2016, bons prospectos mostraram as caras na MLB, como Odubel Herrera, de 25 anos, Cesar Hernandez, 26, Tommy Joseph, 25, e Cameron Rupp, 28. Maikel Franco, de 24, que havia mostrado bom potencial em 2015, caiu no último ano e ainda seu desempenho segue em dúvida. Para contrapor o pouco número de partidas disputadas nas Grandes Ligas dos mais jovens, o time da Pensilvânia contratou Clay Buchholz, Howie Kendrick e Michael Saunders para conduzir os garotos.
Além dos jogadores que já estão no elenco principal, os Phillies ainda contam com uma série de nomes em desenvolvimento e que podem aparecer durante este e os próximos anos. Entre estes estão J.P. Crawford, Jorge Alfaro, Edubray Ramos, Joely Rodriguez, Luis Garcia e Adam Morgan.
Provável lineup: Cesar Hernandez (2B), Howie Kendrick (LF), Odubel Herrera (CF), Maikel Franco (3B), Tommy Joseph (1B), Michael Saunders (RF), Freddy Galvis (SS) e Cameron Rupp (C)
Melhor rebatedor: Odubel Herrera, de 25 anos e em sua segunda temporada completa na MLB, foi em 2016 o líder do time em hits, com 167, e corridas anotadas, 87; segundo em AVG, .286; terceiro em rebatidas triplas, 6; e quinto em corridas impulsionadas, com 49.
Provável rotação: Jeremy Hellickson, Aaron Nola, Clay Buchholz, Jerad Eickhoff e Vincent Velasquez
Provável closer: Jeanmar Gomez (37 saves em 43 oportunidades em 2016, com ERA 4.85)
Melhor arremessador: Principal lançador de Philadelphia, Jeremy Hellickson é o titular atual do time com o menor ERA em 2016, com 3.71. Em 32 partidas iniciadas, foi creditado para 12 vitórias e 10 derrotas, cedeu 78 corridas e eliminou 154 por strikeout.
Manager: Pete Mackanin (2º ano completo no comando da equipe; possui 108 vitórias e 142 derrotas)
Briga por: Não fazer pior do que nas outras temporadas e testar garotos para as próximas temporadas
(Foto: Mitchell Leff/Getty Images)
WASHINGTON NATIONALS
Campanha em 2016: 95-67 (campeão da NL East e derrotado por 3 a 2 na NLDS pelo Los Angeles Dodgers)
Nas últimas cinco temporadas, o Washington Nationals foi campeão da Divisão Leste da Liga Nacional três vezes, em 2012, 2014 e 2016. E, nessas três oportunidades, não foi mais longe do que a Série de Divisão, caindo para St. Louis Cardinals, San Francisco Giants e Los Angeles Dodgers, respectivamente. Portanto, a franquia da capital mira avançar ainda mais nos playoffs e almeja a inédita World Series.
Mesmo com uma temporada abaixo do esperado do outfielder Bryce Harper e os problemas físicos do arremessador Stephen Strasburg, os Nationals ainda assim conseguiram terminar a temporada regular passada com a segunda melhor campanha geral, graças a Max Scherzer (SP), Trea Turner (SS) e Daniel Murphy (2B). Sendo assim, para conseguir ir mais além na pós-temporada, a franquia deverá contar com todo o elenco inteiro.
Em troca do outfielder Adam Eaton, os Nationals enviaram ao Chicago White Sox Lucas Giolito, Reynaldo Lopez e Dane Dunning , três dos principais prospectos do montinho do farm system, o que pode causa problemas mais à frente. Talvez a principal contratação seja o catcher Matt Wieters, que tornara-se free-agent após defender o Baltimore Orioles por oito anos. Ele suprirá a ausência de Wilson Ramos, que estava em Washington há seis anos e meio. Outra importante perda do time foi o closer Mark Melancon, que foi para os Giants. Sem ele, Dusty Baker ainda não decidiu quem fechará as partidas.
Provável lineup: Adam Eaton (CF), Trea Turner (SS), Daniel Murphy (2B), Bryce Harper (RF), Anthony Rendon (3B), Jayson Werth (LF), Ryan Zimmerman (1B) e Matt Wieters (C)
Melhor rebatedor: Vencedor dos prêmios Hank Aaron, Silver Slugger e MVP em 2015, Bryce Harper é um dos melhores rebatedores de toda a liga. Naquele ano, somou AVG .330, OBP .460 e SLG .649, com 42 home runs, 99 corridas impulsionadas e 118 anotadas. Ainda que sua temporada seguinte não tenha sido das melhores, seus números baixos ainda são melhores do que muitos outros adversários. Apesar de estar na posição clean up da escalação, nunca ficou abaixo dos seis primeiros que mais anotam corridas nos Nationals desde que estreou, em 2012.
Provável rotação: Max Scherzer, Tanner Roark, Stephen Strasburg, Gio Gonzalez e Joe Ross
Provável closer: Blake Treinen
Melhor arremessador: Max Scherzer foi o líder em vitórias creditadas em 2013, 2014 e 2016; primeiro colocado em eliminações por strikeout em 2016, o segundo em 2015, 2013 e 2012 e o terceiro em 2014; possui média de pelo menos 10 strikeouts a cada 9 entradas há cinco temporadas; atual vencedor do prêmio Cy Young da Liga Nacional, já tinha levado o prêmio em 2013 na Liga Americana, quando atuava pelo Detroit Tigers. Max Scherzer pode não ter um ERA abaixo de 2.00, como Jake Arrieta e Clayton Kershaw, mas com certeza é tão consistente e tão confiável quanto eles.
Manager: Dusty Baker (2º ano no comando da equipe; possui 95 vitórias e 67 derrotas na temporada regular e 2 vitórias e 3 derrotas na pós-temporada)
Briga por: Ser campeão da divisão e ter melhor campanha nos playoffs do que nas últimas temporadas
(Foto: Mitchell Layton/Getty Images)
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2017
31/3 – AL Central
1/4 – NL Central