[PRÉVIA] Como vem a Divisão Oeste da Liga Americana da MLB em 2017
Houston Astros, Seattle Mariners e Texas Rangers devem brigar na Divisão Oeste da Liga Americana
O último time da Divisão Oeste da Liga Americana a disputar uma World Series foi o Texas Rangers, em um já distante 2011. No entanto, esse filme pode mudar já em 2017: três das cinco equipes montaram times fortes para a temporada que começa em 2 de abril, e a promessa é de muita competitividade dentro da divisão, pois Houston Astros, Seattle Mariners e Texas Rangers devem brigar pela conquista até setembro. Mariners e Astros têm uma motivação extra: enquanto Seattle tenta voltar aos playoffs após 16 anos de seca, Houston busca o primeiro título de divisão após ter trocado a Liga Nacional pela AL, em 2013.
Contando com o melhor jogador da MLB, Mike Trout, o Los Angeles Angels nunca pode ser descartado, mas o elenco é mais fraco e a impressão é de que o Wild Card é o limite, ainda assim se tudo funcionar muito bem. O Oakland Athletics, que sofre com a limitação salarial e conta com muitos jovens, não deve incomodar e, provavelmente, será destaque em julho, caso Sonny Gray volte à velha forma e posicione-se como interessante moeda de troca.
HOUSTON ASTROS
Campanha em 2016: 84-78 (3º na Divisão Oeste da Liga Americana)
Se o Houston Astros decepcionou em 2016, deve vir com tudo neste ano. A equipe aproveitou os bons talentos nas Ligas Menores, uma relativa folga na folha de pagamento, e melhorou bastante seu elenco, mais maduro e pronto para chegar longe nos playoffs. Na rotação titular, por exemplo, Charlie Morton aceitou receber US$ 14 milhões por dois anos, valor abaixo do mercado para alguém que deve, em teoria, ser o 4º titular, atrás de Dallas Keuchel, Cy Young da Liga Americana em 2015, Collin McHugh e Lance McCullers, e antecedendo Mike Fiers ou o jovem Joe Musgrove.
Nori Aoki veio de graça, Carlos Beltran assinou por dois anos para ser o rebatedor designado, Josh Reddick também aproveitou o fim do contrato e assinou por quatro temporadas, e uma troca com o New York Yankees trouxe o experiente catcher Brian McCann. O quarteto traz mais experiência a um time que conta com os jovens Carlos Correa, George Springer e Alex Bregman, entre outros. Isso sem contar o baixinho Jose Altuve, destaque absoluto dos Astros nas últimas temporadas, e o veterano cubano Yulieski Gurriel, que assinou após fugir da ilha e estreou na MLB no fim da última temporada, passando da casa de 30 anos.
Provável lineup: George Springer (CF), Jose Altuve (2B), Carlos Correa (SS), Carlos Beltran (DH), Yulieski Gurriel (1B), Brian McCann (C), Alex Bregman (3B), Josh Reddick (RF), Nori Aoki (LF)
Melhor rebatedor: Melhor rebatedor da posição na AL nos últimos três anos, Jose Altuve ficou em 3º na votação para MVP de 2016. Sua média anual desde 2011 impressiona: 204 rebatidas, 40 duplas, quatro triplas, 12 home runs, 39 bases roubadas e, 31,1% de aproveitamento.
Provável rotação: Dallas Keuchel, Collin McHugh, Mike McCullers, Charlie Morton, Jon Musgrave
Provável closer: Ken Giles (15 saves em 2016, ERA de 4.11)
Melhor arremessador: Keuchel sofreu com lesões em 2016, atuando 26 vezes e ficando com ERA de 4.55. No entanto, o talento é enorme: um ano antes, Keuchel levou o prêmio CY Young com ERA de 2.48 e 20 vitórias. Os Astros esperam que a versão 2015 volte a aparecer em 2017.
Manager: A.J. Hinch (3º ano com a franquia, 170 vitórias e 154 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: título da divisão
(Foto: Ed Zurga/Getty Images)
LOS ANGELES ANGELS
Campanha em 2016: 74-88 (4º na Divisão Oeste da Liga Americana)
Os Angels começaram bem a offseason, abrindo mão dos veteranos arremessadores Tim Lincecum, C.J. Wilson, Jered Weaver e Jhoulys Chacin, todos improdutivos em 2016. A rotação ficou mais jovem, mas continua sem um ace, e as apostas passam pela saúde de Garrett Richards e o renascimento de Matt Shoemaker. O bullpen será comandado por Huston Street e Cam Bedrosian, que devem lutar pelo posto de closer tão logo o primeiro recupere-se de lesão. Nos dois casos, o problema é o mesmo: não há muita margem para erro (ou lesões).
No ataque, Mike Trout vai brilhar mais uma vez, e novamente deve faltar companhia para ele. Albert Pujols segue lutando contra a idade e as lesões no pé, e provavelmente jogará mais como rebatedor designado do que como 1ª base. Cameron Maybin e Bem Revere devem alternar-se no campo esquerdo, e ao menos no infield há boas novas: Danny Espinosa chegou do Washington Nationals como upgrade sobre Johnny Giavotella, titular em 2016, e agora faz companhia a Yunel Escobar, C.J. Cron e ao mágico da posição na defesa, Andrelton Simmons.
Provável lineup: Yunel Escobar (3B), Kole Calhoun (RF), Mike Trout (CF), Albert Pujols (DH) C.J. Cron (1B), Danny Espinosa (2B), Andrelton Simmons (SS), Cameron Maybin (LF), Martin Maldonado (C)
Melhor rebatedor: Mike Trout é o melhor rebatedor da MLB, com números assustadores. Em apenas cinco anos (mais 40 jogos em 2011), ele soma 168 home runs, 497 RBIs, 600 corridas anotadas, cinco prêmios Silver Slugger e dois troféus de MVP, sendo vice nas outras três vezes.
Provável rotação: Matt Shoemaker, Garrett Richards, Tyler Skaggs, Ricky Nolasco, Jesse Chavez
Provável closer: Cam Bedrosian (1 save em 2016, ERA de 1.12)/Huston Street (9 saves em 2016, ERA de 6.45)
Melhor arremessador: As chances de os Angels chegarem aos playoffs passam por Garrett Richards. Ele brilhou em 2014 e 2015, com ERA de 2.61 e 3.65, respectivamente, mas jogou só seis vezes em 2016, com problemas no ombro. Se não se lesionar, a franquia pode sonhar mais alto.
Manager: Mike Scioscia (17º ano com a franquia, 1.490 vitórias e 1.264 derrotas entre 2000 e 2016)
Briga por: Wild Card, se tudo der certo
(Foto: Rob Tringali/Getty Images)
OAKLAND ATHLETICS
Campanha em 2016: 69-93 (5º na Divisão Oeste da Liga Americana)
Os A’s seguem em reconstrução, e não é impossível imaginar que Billy Beane estará disponível para trocas no fim de maio. Houve uma pequena melhora no lineup, especialmente com as chegadas de Rajai Davis e Matt Joyce no outfield, mas falta potência e a parte inferior segue pouco consistente. Além disso, seguem os problemas defensivos, especialmente no infield, já que Yonder Alonso não é um grande defensor e Marcus Semien cometeu 21 erros em 2016.
No montinho, a situação é semelhante. Mais talentoso pitcher da franquia. Sonny Gray luta com as lesões e o fantasma do péssimo desempenho em 2016, e abre a temporada na lista de contundidos. O resto da rotação é jovem e ainda tenta suportar a pressão da longa temporada. O bullpen tem o comando e a segurança do closer Ryan Madson, além de um trio experiente formado por Santiago Casilla, John Axford e Sean Doolittle.
Provável lineup: Rajai Davis (CF), Stephen Vogt (Co), Khris Davis (LF), Ron Healy (DH), Matt Joyce (RF), Marcus Semien (SS), Trevor Plouffe (3B), Yonder Alonso (1B), Jed Lowrie (2B)
Melhor rebatedor: Khris Davis é o grande destaque de um lineup fraco. Ele chegou a Oakland antes da temporada 2016 e não decepcionou, conseguindo 42 home runs (foram 60 durante os três anos no Milwaukee Brewers), 102 corridas impulsionadas e 85 anotadas.
Provável rotação: Sonny Gray, Sean Manaea, Kendall Graveman, Jharel Cotton, Andrew Triggs
Provável closer: Ryan Madson (30 saves em 2016, ERA de 3.62)
Melhor arremessador: Sonny Gray foi muito mal em 2016, com ERA de 5.69, mas seu talento é conhecido. Terceiro colocado no Cy Young da AL em 2015, quando teve ERA de apenas 2.73, ele começa o ano na lista de contundidos e será alvo de especulações de troca até julho.
Manager: Bob Melvin (7º ano com a franquia, 462 vitórias e 447 derrotas entre 2011 e 2016)
Briga por: nada
(Foto: Reprodução Twitter)
SEATTLE MARINERS
Campanha em 2016: 86-76 (2º na Divisão Oeste da Liga Americana)
Será que acaba a seca dos Mariners? Longe dos playoffs desde 2001, a franquia finalmente tem um ótimo time, montado para que o trio Robinson Canó, Nelson Cruz e Kyle Seager brilhe. Os dois rebatedores que antecedem os destaques são novidades no elenco: Jarrod Dyson e Jean Segura são rápidos e podem criar confusão correndo, criando mais oportunidades para que Canó, Cruz e Seager consigam impulsionar corridas para os Mariners.
A contrapartida à chegada de Segura foi perder Taijuan Walker, e a solução para a rotação veio de fora da franquia, com o veterano (mas nem de perto brilhante) Yovani Gallardo e o experiente Drew Smyly. Ao lado deles, um trio de remanescentes comandado pelo “King” Felix Hernandez, um dos melhores arremessadores da MLB, ainda perseguindo seu primeiro jogo de playoffs, o confiável japonês Hisashi Iwakuma e James Paxton, jovem que segue ganhando espaço no time. Além disso, está nas Ligas Menores dos Mariners o reliever brasileiro Thyago Vieira, que pode ganhar chance no time principal durante o ano.
Provável lineup: Jarrod Dyson (LF), Jean Segura (SS), Robinson Cano (2B), Nelson Cruz (DH), Kyle Seager (3B), Mitch Haniger (RF), Dan Vogelbach (1B), Mike Zunino (Co), Leonys Martin (CF)
Melhor rebatedor: Robinson Canó está de volta. O dominicano parece ter descoberto como ser potente no Safeco Field em 2016, com 39 home runs, 102 RBIs e 29,8% de aproveitamento, e números semelhantes a esse podem ajudar os Mariners a voltar aos playoffs após 16 anos.
Provável rotação: Felix Hernandez, Hisashi Iwakuma, James Paxton, Drew Smyly, Yovani Gallardo
Provável closer: Edwin Diaz (18 saves em 2016, ERA de 2.79)
Melhor arremessador: “The King” Felix Hernandez teve em 2016 o pior ERA desde 2007: 3,82, número razoável para a AL. Ainda assim, erra quem duvida de alguém com um jogo perfeito, um prêmio Cy Young (2º colocado por duas vezes) e seis participações no All-Star Game.
Manager: Scott Servais (2º ano com a franquia, 86 vitórias e 76 derrotas em 2016)
Briga por: título da Divisão
(Foto: Flickr)
TEXAS RANGERS
Campanha em 2016: 95-67 (1º na Divisão Oeste da Liga Americana, eliminado pelo Toronto Blue Jays na Série de Divisão por 3-0)
Em time que está ganhando, mexe-se o mínimo possível. Os Rangers mantiveram a base que levou o título da Divisão Oeste da AL em 2015 e 2016, reforçando apenas o bullpen com duas apostas que, se saudáveis, têm tudo para dar certo: Andrew Cashner e Tyson Ross devem começar a temporada na DL, mas se voltarem bem, a franquia terá uma rotação potente com os dois e os ótimos Yu Darvish e Cole Hamels, provavelmente a melhor da divisão.
O ataque perdeu Ian Desmond, Mith Moreland e Carlos Beltran, que chegou no meio da última temporada, e o grande reforço é Mike Napoli, que volta para substituir Moreland. Caso o prospecto Joey Gallo finalmente mostre performance condizente com seu talento, deve assumir a 1ª base durante a temporada, com Napoli atuando de DH. Enquanto isso não ocorre, Shin-Soo Choo e o improvisado Jurickson Profar, que quer deixar as lesões no passado, dividem seu tempo entre rebatedor designado e o campo externo esquerdo.
Provável lineup: Carlos Gomez (CF), Shin-Soo Choo (DH), Adrian Beltre (3B), Mike Napoli (1B), Jonathan Lucroy (C), Rougned Odor (2B), Nomar Mazara (RF), Jurickson Profar (LF), Elvis Andrus (SS)
Melhor rebatedor: Entra ano, sai ano, e Adrian Beltre segue em altíssimo nível. O veterano de quase 38 anos teve em 2016 32 home runs e 101 RBIs. Desde 1998 na MLB, ele soma 445 home runs, 1.571 RBIs, quatro participações no All-Star Game, cinco Gold Gloves e três Silver Slugger.
Provável rotação: Cole Hamels, Yu Darvish, Martin Perez, Andrew Cashner, Tyson Ross
Provável closer: Sam Dyson (38 saves em 2016, ERA de 2.43)
Melhor arremessador: Se Yu Darvish estivesse saudável, a vaga seria dele, mas os Rangers estão bem servidos com Hamels. Desde que chegou à franquia, no meio da temporada 2014, ele soma 22 vitórias e seis derrotas em 44 jogos, com ERA de 3.42, 30% acima da média da liga.
Manager: Jeff Banister (3º ano com a franquia, 183 vitórias e 141 derrotas entre 2015 e 2016)
Briga por: título da Divisão
(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)
PRÉVIAS THE PLAYOFFS – MLB 2017
28/3 – NL West
29/3 – AL East
30/3 – NL East
31/3 – AL Central
1/4 – NL Central