O mês de agosto dos Cardinals consolida o time na intensa briga pelo wild card da NL
Cards cresceram de produção na hora certa
A situação do wild card da Liga Nacional da MLB está embolada. Milwaukee Brewers, Colorado Rockies, Philadelphia Phillies, St. Louis Cardinals, além de Los Angeles Dodgers, Pittsburgh Pirates e Washington Nationals, que ficam um pouco atrás, disputam a chance de disputar pelo menos um jogo em outubro.
Mas um time surge como intruso entre os possíveis classificados à repescagem dos playoffs. Os Cardinals estavam a 4.5 jogos da quinta vaga para a pós-temporada no final de julho, cuja disputa já estava intensa naquele momento da temporada. Neste mês de agosto, o time do Missouri foi o que venceu mais partidas – até o dia 20 -, e isso ajudou o crescimento da equipe para ter melhores chances chegar aos playoffs.
O ataque, que não produzia tanto assim, começou a produzir bem no penúltimo mês de temporada regular. Apesar de possuir o 10º maior número de vitórias acima da substituição (WAR) do FanGraphs, os rebatedores de St. Louis não se destacam em muitas categorias, ocupando a 11ª posição (empatado com outros três times) nas corridas ponderadas criadas ajustadas (wRC+) e a 12ª colocação em média de rebatidas e porcentagem em base.
A partir deste mês, porém, os Cardinals se tornaram uma das melhores equipes ofensivamente. No momento em que este artigo era escrito, o time estava empatado na liderança da MLB com o Texas Rangers no aproveitamento no bastão, e no terceiro lugar em on-base percentage, média ponderada em base (wOBA) e em wRC+.
O principal ponto de mudança do ataque de St. Louis é o aumento da força no bastão. O time tem o sexto melhor slugging percentage do mês, e evoluiu um pouco mais de 11% em relação ao que foi produzido no ano. O aumento de rebatidas multibase levou ao crescimento desse número. Na temporada, o time está apenas na 20ª posição no quesito, enquanto que, em agosto, a equipe tem o quinto maior número de rebatidas extra base.
Os arremessadores também estão em um ótimo momento em agosto. Os Cardinals têm uma das três melhores médias de corridas merecidas, e o Fielding Independent Pitching (FIP) também é um dos menores das grandes ligas.
A rotação titular mantém o desempenho consistente de 2018, porém é o bullpen que merece ser mencionado. Os arremessadores de relevo da equipe estão abaixo da média das majors, com ERA maior do que 4.00, e neste mês eles encontraram o ritmo ideal, estando no top 10 em FIP e a menor média de corridas merecidas da liga. O aproveitamento de rebatidas dos adversários caiu drasticamente quando os membros do bullpen estão no montinho, de .248 caiu para .179.
A campanha irregular até julho, com recorde 54-53, culminou na demissão de Mike Matheny no meio daquele mês. Entretanto, a partir de agosto, o jogo do St. Louis Cardinals, sob comando Mike Shildt, começou a se encaixar com o passar do tempo, e agora a equipe desponta com chance de chegar aos playoffs. O ataque está rendendo bem atualmente, com os rebatedores não conseguindo apenas acertar home runs para avançar as bases, possuindo uma das maiores marcas da MLB, mas também conquistando mais rebatidas duplas.
E o ponto crítico do time, o bullpen, tem sido muito eficaz em agosto, contribuindo com as chances de os Cardinals irem aos playoffs, provavelmente como wild card, no entanto a distância para o Chicago Cubs, líder da divisão Central da Liga Nacional, pode ser considerada pequena.
(Foto: Reprodução Twitter/St. Louis Cardinals)
*Por Luís Martinelli
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