O Houston Astros não está rebatendo como em 2017, mas Alex Bregman ainda nos faz lembrar aquele ataque
Infielder dos Astros é um dos poucos que mantém o alto nível ofensivo da equipe desde o ano passado
A fase do Houston Astros não está boa neste momento. Os Astros foram varridos pelo Seattle Mariners em quatro jogos e a distância para o segundo colocado na Divisão Oeste da Liga Americana, Oakland Athletics, para dois jogos.
Os atuais campeões da World Series estão sofrendo com uma “dose de azar”: até 12 de agosto, a campanha de Houston em partidas decididas por uma corrida era de 16-21, uma das piores da MLB, e a “sorte pitagórica” é de -8, a menor das grandes ligas atualmente, empatada com o Baltimore Orioles.
Mesmo assim, os Astros são a melhor equipe da Major League Baseball em Simple Rating System (SRS), e só ficam atrás do Boston Red Sox na diferença média entre as corridas anotadas e sofridas, graças aos arremessadores do time, que permitem só 3,3 corridas por jogo, melhor marca da liga.
O maior problema de Houston foi a queda de produção do ataque. É claro, os rebatedores do time continuam entre os mais eficientes, no grupo dos 10 melhores da MLB em praticamente todas categorias, com destaque especial para a terceira posição nas corridas ponderadas criadas ajustadas (wRC+).
Ainda assim, é inegável que o desempenho caiu bastante em relação à incrível temporada passada. Os números da equipe em 2017 foram realmente absurdos, como a diferença de quase dois pontos percentuais em média de rebatidas, comparando com o segundo colocado no quesito na AL, Cleveland Indians, e 13% a mais de wRC+ do que o vice-líder no geral nessa estatística, New York Yankees.
A maior diferença entre as duas temporadas foi na média de home runs, com média 20% inferior, seguida por justamente das corridas criadas ponderadas ajustadas, 12% menor em relação ao ano passado. O ataque também perdeu uma quantidade considerável de força no bastão, com slugging percentage (SLG) um pouco mais de 11% menor, comparando com 2017.
No entanto, Alex Bregman é um dos únicos jogadores que escapou dessa tendência de queda do time de Houston. Ele já teve um bom ano em 2017, com slash line de .284/.352/.475, porém nesta temporada Bregman está entre os melhores da liga, ocupando a oitava colocação em wRC+, 13º lugar em média ponderada em base (wOBA) e, em porcentagem em base (OBP), ocupa a 15ª posição.
Produzindo slash line de .280/.384/.516, ele evoluiu cerca de 9% em on-base porcentage e mais de 8,5% na força no bastão, apresentando uma pequena queda no aproveitamento no bastão, de 1,4%.
Bregman só é superado pela performance de alguns jogadores dos Astros em 2017, se levarmos em conta as estatísticas dos rebatedores qualificados em 2017 e 2018. O terceira base/interbases tem o segundo wRC+ no período (150), ficando atrás de José Altuve também em wOBA (.386). Já em SLG, ele é inferior a Altuve, Marwin González e George Springer, mas todos com os números da temporada passada.
As únicas estatísticas que Alex Bregman não lidera os Astros em 2018 são: porcentagem em base, perdendo apenas de José Altuve (.392) – de novo -, e média de rebatidas, com aproveitamento menor do que Altuve (.329) e Yulieski Gurriel (.281) – considerando os qualificados.
O Houston Astros não está com a força ofensiva da temporada passada, por causa da regressão natural após registrar números muito altos em 2017, porém continua entre os melhores da MLB. Mas Alex Bregman continua com o espírito do ataque dos Astros da temporada passada, ficando entre os melhores jogadores das grandes ligas em 2018, além de apresentar evolução na carreira.
Houston tem chance de retomar o crescimento após o momento atual ruim – possui forte tendência para isso -, e Bregman será fundamental para a possível ascensão da equipe, a qual conta com vários jogadores machucados, como José Altuve e George Springer, para pelo menos se classificar aos playoffs.
(Foto: Christian Petersen/Getty Images)
*Por Luís Martinelli
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