5 motivos para acreditar no título do Los Angeles Dodgers na World Series 2017
Veja cinco razões que justificam o favoritismo da equipe californiana contra os Astros na Série Mundial deste ano
A espera de 29 anos acabou. O Los Angeles Dodgers está de volta à World Series e agora enfrenta o Houston Astros, equipe campeã da Liga Americana, nesta terça-feira (24). Um dos times de beisebol mais populares dos EUA, a franquia de Chavez-Ravine espera levantar o Commissioner’s Trophy depois de fazer a melhor campanha da MLB em 2017.
Veja 5 motivos para acreditar na conquista dos Dodgers no Fall Classic, algo que não vai para Los Angeles desde 1988.
A volta da confiança dentro do elenco
Durante boa parte da temporada, os Dodgers eram o time mais embalado da liga. Um pouco antes do All-Star Break e logo depois dele, a equipe angelina raramente sofria derrotas seguidas e acumulava sequências de vitórias. No entanto, após uma derrota para o Pittsburgh Pirates com requintes de crueldade, Los Angeles teve 17 derrotas em 20 jogos disputados.
O pensamento geral era que o embalo do time para a pós-temporada tinha acabado junto com a confiança. Porém, com a varrida contra o Arizona Diamondbacks na série de divisão e o bom desempenho nos 5 jogos contra o Chicago Cubs na final da Liga Nacional, mostraram que o elenco tem noção do momento que vive na temporada e na capacidade de ser campeão da World Series.
No esporte, como na vida, ter confiança é tudo. E o desempenho que Los Angeles teve até aqui nos playoffs nos diz que aquele momento de incerteza na reta final da temporada foi esquecido e que o foco total é no título.
Ataque forte e com diversas opções
O topo do lineup dos Dodgers tem hoje Chris Taylor, Justin Tuner e Corey Seager, que volta de lesão. Os dois primeiros dividiram o prêmio de MVP da NLCS, o que mostra a importância deles no time. Além disso, Yasiel Puig e Cody Bellinger vêm em ótima fase, impulsionando corridas e rebatendo home runs em momentos decisivos.
Mas, jogadores como Kike Hernandez, Austin Barnes, Chase Utley e até mesmo Logan Forsythe não devem ser descartados aqui. A habilidade de alcançar base desse jogadores é indispensável em uma série como essa, onde se enfrentam arremessadores de elite como Dallas Keuchel e Justin Verlander.
Na série contra Chicago, o ataque de Los Angeles anotou 10 home runs, impulsionou 27 corridas, teve um aproveitamento coletivo no bastão de 25,8% e porcentagem de chegada em base de 36,6%. Se o time ofensivo mantiver esse ritmo, a defesa de Houston terá muitos problemas.
Rotação titular de elite e bullpen confiável
Muitos vão analisar, e com razão, que parte da starting rotation dos Dodgers não está jogando bem nesta pós-temporada. Clayton Kershaw foi bem contra os Cubs no jogo 5, mas cedeu o 7° home run em playoffs da carreira naquela mesma partida. Alex Wood teve problemas no jogo 4 daquela série, sofreu 3 corridas merecidas e cedeu 4 rebatidas válidas.
No entanto, a rotação titular de Los Angeles tem mais qualidade que a de Houston. Enfrentando o melhor ataque das Grandes Ligas, os starting pitchers sabem que precisam colocar seu melhor jogo na mesa para que sua equipe possa ter chance de vitória, principalmente fora de casa.
Outro fator decisivo é o bullpen de Los Angeles, que está jogando muito bem nesta pós-temporada. Na série da Liga Nacional, o corpo de arremessadores de relevo dos Dodgers não cedeu corridas para os rebatedores de Chicago. E essa foi a grande diferença entre os times, que fez a equipe angelina avançar à Série Mundial.
Mesmo com Yu Darvish arremessando bem e Rich Hill querendo mostrar serviço, os Dodgers podem confiar no seu bullpen se algo der errado para os titulares. E isso tem sido privilégio de times campeões no beisebol ultimamente.
Um manager com o elenco na mão
Em sua segunda temporada com a franquia, Dave Roberts tem sido apontado como um dos melhores técnicos do beisebol, tendo ganho o prêmio de Manager do Ano em 2016. O ex-jogador do Boston Red Sox já mostrou que tem coragem para tomar decisões difíceis e ter bom senso na hora de fazê-las.
Ele também “tem o grupo na mão”, termo do futebol para dizer que o elenco acredita nele e compra sua ideia de jogo. Cercado de nomes como Rick Honeycutt (técnico de arremessadores) e Turner Ward (técnico de rebatedores), Roberts tem respaldo maior para tirar um pitcher que não está jogando bem ou mudar alguém no lineup.
Apesar de não ter experiência comandando times na pós temporada, Dave Roberts sabe o que é preciso para ganhar uma Série Mundial. Isso pode fazer toda a diferença em uma série complicada como essa.
Equipe com tradição em World Series e estádio com atmosfera hostil
Essa é a 19ª vez que o Los Angeles Dodgers chega à World Series. São 6 títulos conquistados e confrontos históricos contra o New York Yankees. Resumindo, a equipe tem tradição nessa parte de outubro. O argumento de que o Houston Astros derrubou o maior vencedor do Fall Classic na etapa anterior é extremamente válido.
Porém, depois de abrir 2 a 0 na série, o time do Texas sentiu a atmosfera hostil do Yankee Stadium e a tradição dos Bronx Bombers e perdeu 3 jogos seguidos. Jogando em casa, os Astros voltaram a jogar bem e garantiram o avanço no jogo 7.
Dessa vez, quem tem o mando de campo são os Dodgers, jogando em um estádio com capacidade para mais de 50.000 torcedores. Muitos podem dizer que isso não influencia os grandes jogadores e os mais experientes. No entanto, para um jovem atleta que encara um ambiente desses pela primeira vez, isso pode ser intimidador. Aquela mística da camisa, que de tão pesada “entorta varal”, pode sim ser um fator decisivo na série.
(Fotos: Facebook Los Angeles Dodgers)